73ª Conferência Distrital
Tema: Rotary e os Caminhos da Humanidade
Local: Casa de Espanha – Rua Maria Eugênia, 300 – Humaitá – Rio de Janeiro – RJ
Patrono da Conferência: José Moutinho Duarte, Governador 1983-1984 do Distrito 457, Associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro – Ramos
Representante Especial do Presidente de Rotary International: Rut Cardozo, Associado ao Rotary Club de Joinville
Discurso de abertura pelo Governador Joper Padrão do Espirito Santo
Nós, os mais de 1.200.000 Rotarianos espalhados por mais de 162 países em todos os continentes, ousamos afirmar: A HUMANIDADE É A NOSSA MISSÃO!
Continuamos firmes em nossos propósitos de apoiar as ações que contribuam para a paz e a compreensão entre os povos.
Por isso, é preciso traçar as rotas que devam ser percorridas para que nossos nobres objetivos possam ser efetivamente alcançados.
Daí decidimos organizar esta 73ª Conferência do Distrito 4570 sobre o tema: Rotary e os Caminhos da Humanidade.
Aqui teremos a oportunidade de conviver com os mais destacados nomes da cena nacional e Internacional, ouvindo suas mensagens para que possamos estabelecer nossas próprias reflexões, para que sejamos sempre mais eficazes.
Esta Conferência será um momento propício para sonhar. Sonhar com a tão desejada justiça social. Sonhar com um mundo onde todos têm a oportunidade de desenvolver suas potencialidades e promover a auto-superação
Sonhar, mais um sonho impossível.
Além de sonhar, esta Conferência também será própria para pensarmos em como lutar a boa luta, Lutar quando é fácil ceder, vencer o inimigo invencível, negar quando a regra é vender.
Tal qual o Homem de La Mancha, que nos versos de Chico Buarque e Ruy Guerra, nos dá osuporte poético desta locução.
Neste período rotário adotamos três fontes de inspiração: 1) A Águia, sugerida pelo presidente Richard King; 2) o Padrão, marco dos descobrimentos lusitanos; e 3) Cervantes, que nos conduzirá a Barcelona para a Convenção do Rotary.
Cada um desses elementos tem a forma de Troféu para motivar nossas ações.
E foi por uma agradável casualidade que decidimos organizar este grandioso evento nesta Casa de Espanha, reforçando ainda mais nosso desejo de promover o magnífico encontro mundial do Rotary.
Pensar em Barcelona, é pensar em Gaudí, especialmente no ano em que completam 150 anos de seu nascimento.
Desse conjunto de idéias surge a ambientação em que nos encontramos. Uma equipe de dedicados e incansáveis Companheiros esteve reunida, até aqui, para que tudo fosse organizado da melhor forma ao nosso alcance.
Os resultados serão sentidos e avaliados por vocês, ilustres participantes que engalam este empreendimento.
O conteúdo do Programa desta Conferência tem como fio condutor a prática da responsabilidade social pelos diversos agentes que formam o nosso tecido comunitário.
A moldura do Programa é estabelecida pela atenção à preservação ambiental, tal qual nos ensina o saudoso Companheiro Paulo Viriato, brasileiro que emprestou sua vida à causa rotária, legando à Humanidade o programa mundial do Rotary – Preserve o Planeta Terra, cada vez mais vivo entre os todos os Rotarianos mundo afora.
Tivemos preocupação com todos os detalhes. Por exemplo, as bandeiras dos países que foram empunhadas por Rotarianos deste Distrito, nascidos em outras plagas, representam a universalidade do Rotary.
As bandeiras de nossos parceiros no servir, simboliza a nossa vontade de construir pontes que unam cada vez mais aqueles que se dedicam à causa da paz, buscando aumentar a sinergia de nossos esforços.
É, pois, nosso desejo ardente, que todos tenhamos momentos de agradável convívio e de alegre companheirismo, para que possamos compartilhar da saudável condição de pensar os Caminhos da Humanidade.
Às pessoas destacadas nessa cerimônia nos curvamos, com respeito e admiração.
Bernardinho, um líder extraordinário, o nosso atleta exemplar, há de servir ainda mais à Humanidade, como um autêntico paradigma pelo seu comportamento altivo, exibindo o melhor dos nossos valores por onde sua técnica é admirada no campo dos desportos.
Governador Duarte – Patrono de nossa Conferência, é referência para todo e qualquer líder empresarial, pela sua excepcional dedicação como voluntário, e por sua empolgante capacidade de entusiasmar a todos que têm o privilégio de conhecê-lo e de com ele conviver.
Ruy Cardozo, representante do Presidente King nesta Conferência, traz consigo uma bagagem invejável em atividades rotárias que faz de si uma figura admirável, digna de ser observada atentamente para que possamos aumentar nossa motivação e entusiasmo.
A cada um de vocês proclamamos em alto e bom som: Obrigado por existirem.
E assim seja lá como for vai ter fim a infinita aflição e o mundo verá uma flor, brotar no impossível chão.
Caminhante não há caminho … o caminho se faz ao caminhar.
Boaventura Companheiros e Companheiras
O discurso proferido por Joper na conferência, carregado de poesia e inspiração, evoca a essência de sonhar e lutar por um mundo melhor, mais justo e igualitário. Suas palavras não são apenas um chamado à ação, mas um hino à resiliência humana, à capacidade de superação e à incessante busca por justiça social. Ao referenciar o “Homem de La Mancha”, personagem de uma obra imortalizada nas vozes de Chico Buarque e Ruy Guerra, Joper tece uma ponte entre a luta quixotesca e os desafios contemporâneos enfrentados por aqueles que se dedicam à construção de uma sociedade mais justa.
A menção a sonhos “impossíveis” não serve como um freio à ação, mas, paradoxalmente, como um combustível para a busca incansável por um futuro onde a aflição e a desigualdade dão lugar a um “mundo [onde] verá uma flor, brotar no impossível chão”. Essa ideia ressoa profundamente em um contexto global onde as adversidades parecem intransponíveis, mas a esperança e a determinação coletiva se mostram como ferramentas poderosas na superação desses obstáculos.
Por fim, a citação de “Caminhante não há caminho… o caminho se faz ao caminhar”, atribuída ao poeta espanhol Antonio Machado, encapsula a essência da mensagem de Joper. Esta não é apenas uma reflexão sobre a jornada em busca de um mundo melhor, mas um lembrete de que cada passo dado nessa direção, por mais incerto que pareça, é em si uma forma de construção desse futuro almejado. Ao conclamar seus “companheiros e companheiras” para essa empreitada, Joper não apenas agradece a existência desses indivíduos, mas também os convoca para serem coautores dessa história de transformação.