Um abraço fraterno que aquece os corações
Na tarde deste Sábado conheci D. Marcela na Rua Major Avila um pouco antes da Av Maracanã. Enquanto aguardava o sinal abrir ela me ofereceu amendoins ou paçoca a R$ 2,00. Simpática e humilde, me interessei por sua vida. Moradora do Complexo do Alemão, perdeu tudo nas últimas chuvas e, om 5 filhas para criar, tem se valido desse meio para sobreviver. Disse-me (e pareceu-me sincera) estar sem alimentos em casa. Compadecido, voltei a lhe fiz uma doação de 3 pães de forma, 1 kh de presunto e 1 kg de queijo fatiados, 1/2 kg de margarina, 16 rolos de papel higiênico, e água sanitária, itens que dispunha justamente para doação.
A alegria de D. Marcela foi tamanha que ela me pediu licença para me abraçar em sinal fraterno de gratidão. Na foto ela está ao lado de sua filha (a segunda mais velha), de 14 anos de idade.
D Marcela tem estado todas as tardes, das 13 às 16hs, na calçada do lado esquerdo da rua Major Ávila antes do cruzamento com a av Maracanã, inclusive aos Domingos. Solidariedade é um ato espontâneo, sei muito bem. Por isso, não lhe peço ajuda; apenas lhe transmito um fato ocorrido comigo ainda há pouco. Quem sabe, divulgando esta mensagem, D. Marcela terá sua perseverança mantida e sua família alimentada.
Os gêneros doados logo serão consumidos; a perseverança, a fé, a determinação de Dona Marcela de manter sua família com dignidade foram realimentadas com esse simples gesto. A atitude de compaixão, essa sim, foi decisiva como uma semente plantada em solo fértil da esperança onde certamente há de germinar.
Dona Marcela e eu; Dona Marcela e você que lê esse texto despretensioso. Gente como nós. Seres humanos que se compreendem. Irmãos que se abraçam num gesto de fraternidade desprovido do que quer que seja. Um abraço que aquece os corações.